Contestada pelos ecologistas, a Câmara Baixa do Parlamento alemão (Bundestag) aprovou, esta sexta-feira, a lei que estabelece o abandono progressivo do uso do carvão como fonte de energia até 2038.
Aprovados foram também os apoios de 40 mil milhões de euros destinados a compensar as regiões afetadas pelo período de transição. Na prática, estas verbas deverão contribuir para transformar a economia da Renânia Norte Vestefália, Saxónia-Anhalt e Brandenburgo.
Nas palavras do ministro alemão da Economia, Peter Altmaier, este é “um projeto de gerações.”
“Desta forma estamos a dar um importante contributo para o sucesso da proteção ambiental. Afinal de contas, as emissões de dióxido de carbono das fábricas a carvão mineral e linhito representam cerca de um terço das emissões de CO2 do país”, sublinhou, em conferência de imprensa, Peter Altmaier.
Os ambientalistas defendem o horizonte temporal de 2030, em vez de 2038. Falam em falta de ambição e em desperdício do dinheiro dos contribuintes. Como forma de protesto subiram ao telhado da Câmara Baixa do Parlamento quando decorria a votação.
“Protestamos contra a lei do carvão porque não promove o abandono progressivo do carvão, porque deixa as fábricas que funcionam a carvão na rede e porque trai o Acordo de Paris. Esta lei do carvão é um erro histórico, zomba do Acordo de Paris e dá às empresas milhares de milhões de compensação sem qualquer retorno”, referiu Karsten Smid, da Greenpeace.
A Alemanha está, em simultâneo, a abandonar de forma progressiva o recurso ao nuclear, em nome de um futuro mais verde, dominado pelas energias renováveis.
Fonte: Euronews