Como nós atuamos

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Audiências Públicas

Audiências Públicas realizadas para falar sobre os riscos severos à saúde e à vida recorrentes da mineração de carvão.

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Voluntários

O voluntariado só cresce para somar à luta pela vida.

Campanha 'Mina de Carvão aqui Não'

Campanha realizada no Rio Grande do Sul contra a mina de carvão Guaíba. A sociedade civil está buscando o seu direito à vida.
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Estamos lutando por todos!

Combatemos as grandes empresas e os riscos sérios à saúde e à vida.

Poluição do ar

Contaminação da água

Danos à saúde

Já pensou em ter que mudar toda a sua vida para que uma mina de carvão a
céu aberto substitua sua moradia?

As mais de 170 famílias do Guaíba City, loteamento
tradicional na região metropolitana de Porto Alegre
(RS), têm convivido com essa ameaça constantemente.
Veja Mais

Por que o carvão é uma energia do passado?

O carvão foi o principal combustível da revolução industrial. Em 1880, cerca de 97% da energia consumida no mundo era proveniente do carvão. Naquela época, porém, séculos atrás, não se sabiam os impactos nocivos da queima do carvão. Tampouco se falava em mudanças climáticas, aquecimento global e energias renováveis. Usar o carvão hoje é colocar em risco a vida de milhões de pessoas. Além de ser um atraso inaceitável.

Carvão é energia do passado

Em pleno 2019, com tanta tecnologia e fontes renováveis de energia, não faz sentido ainda explorar o carvão.

Mudanças Climáticas

A Terra vive uma emergência climática. Grandes tormentas, tornados, tsunamis, furacões, inundações, ondas de calor, nevascas, tempestades tropicais são alguns dos exemplos das mudanças climáticas. Um dos principais responsáveis por esse emergência é a exploração dos combustíveis fósseis: petróleo, gás natural e carvão mineral e natural.  A queima deles em usinas, fábricas e carros é responsável por 90% das emissões de dióxido de carbono – e sua produção segue crescendo em ritmo alarmante. Há estudos que mostram que, em 2030, a humanidade estará produzindo 120% mais combustíveis fósseis do que deveria. Os combustíveis precisam ser urgentemente substituídos por energias renováveis.

1,5º: estamos no limite

Na avaliação do Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC), será preciso limitar o aquecimento global a 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais. Os cientistas alertam que acima deste patamar as consequências serão catastróficas para a humanidade, e colocarão os ecossistemas e a biodiversidade em perigo. Para isso as emissões de CO2 terão que cair 45% até 2030, em relação aos níveis de 2010, e zerar até 2050. O que poderá evitar tragédias ainda maiores do que as que já estamos presenciando.

Energias renováveis: a urgente transição

Desde o início da revolução industrial, o consumo de energia cresceu muito mais rápido do que a população do planeta. A emissão de CO2 pela queima de combustíveis fósseis não renováveis, como carvão, petróleo e gás natural, aumentou exponencialmente, contribuindo para o aquecimento global. Isto criou a necessidade de uma grande mudança nos hábitos de consumo e das fontes de energia, desta vez numa perspectiva reversa, para uma “economia de baixo carbono”. Ou seja: precisamos investir urgentemente nas energias renováveis – eólica e solar, por exemplo – e deixar os combustíveis fósseis no chão.

O aquecimento global é uma causa urgente!

Tsunamis, nevascas, tornados, ondas de calor... Ou reduzimos a emissão de CO2, ou chegaremos em um ponto onde não será mais possível retroceder.

Povos tradicionais afetados

Estudos geográficos dos locais afetados

Discussões no âmbito político

Os impactos são dramáticos

O carvão gera subemprego, coloca em risco a vida de quem trabalha nas minas e expõe todas as pessoas que vivem no entorno delas.

Riscos a Saúde e a Vida

Quais são os elementos tóxicos liberados a partir da mineração do carvão?

São muitas as substâncias cancerígenas e mutagênicas envolvidas nesse processo: Mercúrio, Cádmio, Arsênio, Chumbo, Tório, Urano, Radionuclídeos, entre outros.

O que esses elementos tóxicos causam?

O mercúrio, por exemplo, mimetiza células nervosas. Toda criança que tenha pai ou mãe contaminados, terá problemas neurológicos, pois seu cérebro não conduzirá eletricidade. O arsênio, se introduz nas células causando câncer.

Os elementos tóxicos da mineração do carvão causam quais doenças?

Asma, bronquite crônica, alergia de pele, danos no sistema nervoso, câncer de pele câncer de fígado, câncer de rins, câncer de pulmão, cirrose, insuficiência renal, problemas no estômago e no intestino, fibrose pulmonar, silicose, malformações fetais, complicações na gravidez e no parto, atraso no desenvolvimento físico e mental das crianças.

Como as pessoas entram em contato com esses elementos tóxicos?

Pela respiração; comendo ou bebendo alimentos contaminados; por contato com a pele (exemplo: poeira ou objetos contaminados).

O que acontece com quem mora perto de uma mina de carvão?

A poluição do ar é o principal problema. A silicose é uma doença muito comum entre os mineradores e as pessoas que moram perto às minas. A silicose é a acumulação de pó de sílica nos pulmões. Com o passar do tempo, esse pó vai petrificando os pulmões (fibrosa pulmonar) até que os órgãos deixam de funcionar. O risco de câncer de pulmão e de tuberculose em pessoas com silicose é altíssimo.

E o aquecimento global?

A queima do carvão libera dióxido de carbono, dióxido de enxofre e óxidos de nitrogênio, que causam poluição na atmosfera, agravam o aquecimento global, aceleram as mudanças climáticas e contribuem para a ocorrência das chuvas ácidas. Essas chuvas provocam a acidificação do solo e da água.

Para que serve uma mina de carvão, afinal de contas?

Para nada que faça bem ao ser humano e ao planeta. O carvão é um combustível fóssil que deve ser deixado onde está desde a formação do planeta: debaixo da terra.

Estudos são claros

A ciência já provou o risco da exploração do carvão. Há tecnologia suficiente para explorarmos energias renováveis. Leia os estudos e informe-se.

Atlas Brasileiro de Energia Solar - 2ª Edição (2017)

A  primeira  edição  do  Atlas  Brasileiro  de  Energia  Solar  foi  lançada  em  2006  com  base  em  10  anos  de  dados  dos  satélites  da  série GOES  e  no modelo  físico  de  transferência  radiativa BRASIL‐SR, validado com dados observados em 98  estações  meteorológicas  operadas  pelo  INMET  (Instituto  Nacional de Meteorologia)  e  espalhadas por  todo  território  nacional. Na  época  do  lançamento, a  rede  SONDA  (Sistema  de  Organização  Nacional  de  Dados  Ambientais),  operada  pelo  INPE,  havia  recém  entrado  em  operação  e  contribuiu  no  processo  de  validação  com  apenas  três  anos  de  dados  solarimétricos  das  3  componentes  da  irradiação  solar  na  superfície:  global  horizontal,  direta  normal  e  difusa.  Essa  edição pioneira do Atlas constituiu um marco importante no  histórico  da  energia  solar  no  Brasil  e  é,  ainda  hoje,  empregada por vários investigadores e empreendedores da  área de energia solar.

Acesse o link: Atlas Brasileiro de Energia Solar – 2ª Edição (2017)

A Potencialidade Energética da Biomassa no Brasil

A utilização de fontes renováveis de energia na matriz energética mundial, que sejam além de ambientalmente favoráveis, economicamente viáveis, é um dos maiores desafios da sociedade atual. No Brasil, esta preocupação torna-se evidente diante à predominante utilização de fontes não renováveis, nocivas ao meio ambiente, como o petróleo e seus derivados, na matriz nacional. A análise do potencial energético que a biomassa, como fonte renovável e amplamente disponível no país, é o objetivo deste estudo. Assim, este estudo consiste em analisar a matriz energética brasileira, com o intuito de comprovar a potencialidade de utilização de uma fonte específica de energia, a biomassa. Para tanto, foram consideradas as vantagens e desvantagens que a mesma possui diante às principais fontes renováveis já utilizadas no país. Metodologicamente trata-se de uma análise da atual matriz energética nacional, elucidando a importância de renovação e complementariedade da mesma. Neste sentido, como resultado, apesar do elevado potencial energético que o Brasil apresenta, devido à falta de políticas públicas claras, o potencial registrado ainda é modesto perante as possibilidades que a biomassa poderá vir a gerar para o país.

Acesse o link: A Potencialidade Energética da Biomassa no Brasil

Atlas do potencial eólico brasileiro

O Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, publicado em 2001 e concebido para a altura de 50 metros (altura suficiente para as tecnologias dos aerogeradores da época), foi, sem dúvida, um importante marco para o desenvolvimento do setor eólico no Brasil. Com o passar dos anos, o mercado eólico brasileiro experimentou crescimento significativo, tanto devido à implantação do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica – Proinfa, quanto aos resultados alcançados pelos leilões de energia. Ao longo do tempo, a tecnologia de aerogeradores desenvolveu-se significativamente disponibilizando modelos de maiores potências e dimensões para operação em alturas mais elevadas, quando comparados aos modelos comercializados em 200

 

Acesse o link: Atlas do potencial eólico brasileiro

Vivenciando o ser mulher em uma mina de carvão

Neste artigo exploramos a vivência de uma mulher engenheira durante um processo de pesquisa-ação em uma mina de carvão autogestionária em Criciúma (SC). Construímos um relato que não se refuta a evidenciar a reprodução de padrões hierarquizados de gênero, mas cujo foco é situar cenas concretas através das quais complexificamos as relações de poder de gênero  permeadas pela classe e raça  e damos visibilidade às atitudes opositivas performadas pelas mulheres. Esse trabalho é fruto de um diálogo entre a engenheira que esteve nas minas e uma engenheira pesquisadora das relações de gênero, cujos caminhos se cruzam na militância por uma engenharia contra-hegemônica. Inspiradas pelas epistemologias feministas, lançamos luz aqui sobre margens e estratégias de resistência pouco visibilizadas e que, no entanto, contribuem na luta cotidiana de desconstrução de relações de poder.

Leia na íntegra 

Reflexões de uma antropóloga "andarina" sobre a etnografia numa comunidade de mineiros de carvão

Ancorada em minhas experiências de campo na comunidade de mineiros de carvão de Minas do Leão (RS) – e também na Lorena francesa -, analiso neste artigo a dimensão da subjetividade do pesquisador, considerando os estudos de Devereux (1980) sobre as “observações recíprocas” que se operam entre etnógrafo e nativos e as perturbações mútuas daí derivadas, que remetem a conhecimentos específicos sobre a interação. As reflexões consideram minha condição de gênero, de ser uma mulher investigando um universo masculino, e se alicerçam ainda em diferentes dimensões de minha trajetória e nos ecos que essas identidades suscitam entre meus interlocutores. Adotando a noção de “ser afetado” (être afecté) proposta por Favret-Saada (1990), exploro ainda os insights suscitados por sonhos em diferentes contextos da pesquisa, reveladores de novos aspectos acerca da experiência etnográfica.

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Água, meio ambiente e desenvolvimento na Bacia do Araranguá (SC)

Esta investigação tem como objetivo geral analisar a problemática ambiental e a atuação da sociedade política e da sociedade civil no contexto do desenvolvimento da bacia do Araranguá (SC) e em que medida ambas protagonizam propostas alternativas ao modelo hegemônico de desenvolvimento. A problemática ambiental é avaliada como resultante do modo de ocupação do território, apropriação e uso dos recursos ambientais e da água pelas atividades econômicas desenvolvidas com ênfase nos setores de exploração do carvão mineral e rizicultura irrigada.

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Psicologia Ambiental: um estudo acerca da resistência frente à mineração em Içara

O presente estudo insere-se no âmbito da Psicologia Ambiental, o qual investiga a resistência dos moradores das comunidades de Santa Cruz e Esperança (Içara/SC) à abertura de uma mineradora de carvão. Realizou-se um estudo de caso por meio de entrevistas semiestruturadas com seis sujeitos de duas famílias destas comunidades, abrangendo três gerações. Buscou-se compreender os significados psicossocioambientais que os agricultores das comunidades de Santa Cruz e Esperança atribuem às possíveis ameaças das atividades da mineradora no local. Os resultados inferem que resistir à mineradora em tais comunidades significa preservar a identidade cultural e de lugar. Os sujeitos demonstram uma identificação com a comunidade e com o trabalho que desenvolvem, a agricultura familiar aponta como um elo entre as gerações, que influencia na construção da identidade social destes, e por fim, permite compreender o seu sentimento de pertença e a luta pela preservação do seu lugar.

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A transição energética e os impactos socioambientais do descomissionamento de sistemas de geração de energia elétrica

Desde o início da industrialização, o consumo de energia cresceu muito mais rápido do que o número de pessoas no planeta. Enquanto a população mundial quintuplicou desde 1870, para algo em torno de 7,3 bilhões atualmente, o consumo de energia mundial e, portanto, o consumo de fontes fósseis não renováveis como: carvão, petróleo e gás natural, aumentou cerca de 60 vezes. Isto criou uma demanda por outra grande mudança no consumo das fontes de energia, desta vez no caminho contrário, para uma economia de baixo carbono. Neste sentido, o trabalho resgata o contexto histórico sobre a utilização das várias fontes de energia e como as matrizes energéticas foram sendo substituídas ao longo dos séculos.

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Relações entre a Atividade Carbonífera e o Rural em Candiota, RS, Brasil: análises sobre representações sociais em um contexto de dilemas sobre a energia

A geração de energia termelétrica à base de carvão mineral tem despertado distintas opiniões e significados. O objetivo deste artigo é investigar as representações sociais que grupos e atores sociais no espaço rural compartilham em torno da temática da exploração do carvão mineral no município de Candiota (RS), sul do Brasil. Foi possível identificar algumas representações que compõem a relação entre o rural e o carvão no município. Do ponto de vista teórico e metodológico, optou-se pela Teoria das Representações Sociais, de Serge Moscovici, e pela abordagem estrutural das representações sociais de Jean-Claude Abric. Foram entrevistadas 46 pessoas entre janeiro e março de 2012. A representação central da atividade carbonífera no caso estudado situa-se em torno da ideia de “crescimento econômico”, retratando um discurso embasado no universo reificado de alguns setores socioeconômicos e a pressão à inferência sobre grupos. Os entrevistados, em sua maioria, são favoráveis à atividade (53%), enquanto 28% são contrários e 19% não se consideram nem favoráveis nem contrários, variando seus argumentos conforme a posição social. No caso estudado, o grau de dependência em relação à exploração do carvão é instável e dinâmico.

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Inserção da saúde nos estudos de impacto ambiental: o caso de uma termelétrica a carvão mineral no Ceará

Este texto objetiva discutir a inclusão da dimensão da saúde nos procedimentos de avaliação de impactos ambientais, para que os diversos atores (a serem) envolvidos no processo de tomada de decisão possam avaliar, antecipadamente à implementação, a necessidade e a adequação tecnológica e locacional do mesmo. O ponto de partida foi uma demanda do Ministério Público Federal à Universidade Federal do Ceará, para analisar o projeto de uma usina termelétrica a carvão mineral a ser implantada no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CE). A metodologia consistiu no reconhecimento do contexto sócio-histórico em que se insere o projeto, estudo bibliográfico sobre os impactos ambientais e à saúde gerados, diálogos com a comunidade atingida, para então analisar o documento preparado pelo órgão estadual de meio ambiente. Como resultados, são apresentados os eixos centrais de incidência da análise e as proposições de complementação do termo de referência para antecipar as inter-relações entre os processos de produção, o ambiente e a desigual distribuição dos impactos sobre a saúde; e avalia-se a necessidade de avançar nesta abordagem para alimentar processos de tomada de decisão mais próximos do real vivido ou a viver, e mais democráticos.

Leia na íntegra 

Relações entre a Atividade Carbonífera e o Rural em Candiota, RS, Brasil: análises sobre representações sociais em um contexto de dilemas sobre a energia

A geração de energia termelétrica à base de carvão mineral tem despertado distintas opiniões e significados. O objetivo deste artigo é investigar as representações sociais que grupos e atores sociais no espaço rural compartilham em torno da temática da exploração do carvão mineral no município de Candiota (RS), sul do Brasil. Foi possível identificar algumas representações que compõem a relação entre o rural e o carvão no município. Do ponto de vista teórico e metodológico, optou-se pela Teoria das Representações Sociais, de Serge Moscovici, e pela abordagem estrutural das representações sociais de Jean-Claude Abric. Foram entrevistadas 46 pessoas entre janeiro e março de 2012. A representação central da atividade carbonífera no caso estudado situa-se em torno da ideia de “crescimento econômico”, retratando um discurso embasado no universo reificado de alguns setores socioeconômicos e a pressão à inferência sobre grupos. Os entrevistados, em sua maioria, são favoráveis à atividade (53%), enquanto 28% são contrários e 19% não se consideram nem favoráveis nem contrários, variando seus argumentos conforme a posição social. No caso estudado, o grau de dependência em relação à exploração do carvão é instável e dinâmico.

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Inserção da saúde nos estudos de impacto ambiental: o caso de uma termelétrica a carvão mineral no Ceará

Este texto objetiva discutir a inclusão da dimensão da saúde nos procedimentos de avaliação de impactos ambientais, para que os diversos atores (a serem) envolvidos no processo de tomada de decisão possam avaliar, antecipadamente à implementação, a necessidade e a adequação tecnológica e locacional do mesmo. O ponto de partida foi uma demanda do Ministério Público Federal à Universidade Federal do Ceará, para analisar o projeto de uma usina termelétrica a carvão mineral a ser implantada no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CE). A metodologia consistiu no reconhecimento do contexto sócio-histórico em que se insere o projeto, estudo bibliográfico sobre os impactos ambientais e à saúde gerados, diálogos com a comunidade atingida, para então analisar o documento preparado pelo órgão estadual de meio ambiente. Como resultados, são apresentados os eixos centrais de incidência da análise e as proposições de complementação do termo de referência para antecipar as inter-relações entre os processos de produção, o ambiente e a desigual distribuição dos impactos sobre a saúde; e avalia-se a necessidade de avançar nesta abordagem para alimentar processos de tomada de decisão mais próximos do real vivido ou a viver, e mais democráticos.

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O Trabalho Perante a Lei: os mineiros de carvão na Justiça do Trabalho em São Jerônimo, RS (1946-1954)

O artigo apresenta uma análise de 5.708 processos trabalhistas envolvendo mineiros de carvão do Rio Grande do Sul entre 1946 e 1954, nos primeiros anos após a implantação de uma Junta de Conciliação e Julgamento no município de São Jerônimo, polo produtor do minério na época. São analisados a iniciativa das ações, seus resultados, bem como as principais demandas dos operários no Judiciário trabalhista. O estudo revela uma superioridade numérica das reclamatórias propostas pelas empresas mineradoras contra os trabalhadores, bem como dos resultados favoráveis a elas, enquanto os acordos são os resultados mais significativos dos processos movidos pelos operários. Quase a metade das ações de iniciativa dos trabalhadores reivindica o pagamento do descanso semanal remunerado, o que indica que a lei que criava esse direito, de 1949, não era cumprida.

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Cavando direitos: as leis trabalhistas e os conflitos entre trabalhadores e patrões nas minas do Rio Grande do Sul nos anos 40 e 50

A pesquisa examina o processo de disputa em torno de direitos entre trabalhadores e patrões nas minas de carvão do então município de São Jerônimo, no Rio Grande do Sul nas décadas de 1940 e 1950, no contexto das lutas no campo jurídico, utilizando como fontes os processos trabalhistas impetrado na Justiça do Trabalho. A análise inclui levantamentos quantitativos de um universo de 5.708 ações impetradas, abrangendo seus autores e motivações. Contempla também o exame de enfrentamentos que marcaram o período (como a greve de 1946 e as lutas pela efetivação do descanso semanal remunerado, em 1949) a partir dos depoimentos realizados nas audiências, jornais e outras fontes. Os mineiros das vilas de Arroio dos Ratos, Butiá e Minas do Leão sofriam um regime de intensa exploração, em vilas-fábricas montadas pelas empresas.

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Questão Energética: da civilização do petróleo a uma nova civilização verde

O PICO da produção de petróleo que se aproxima e a conseqüente forte alta dos preços do petróleo tornam competitivos os biocombustíveis – etanol como aditivo ou substituto da gasolina e biodiesel como aditivo ou substituto do diesel derivado do petróleo. O Brasil tem todas as condições para se impor como um grande produtor e, com tempo, exportador de biocombustíveis, reduzindo as emissões de gases de estufa, gerando oportunidades numerosas de trabalho decente para agricultores familiares e tornando-se menos dependente com relação à geopolítica do petróleo. A substituição dos derivados do petróleo por biocombustíveis é apenas parte de uma estratégia energética na qual a eficiência e a conservação devem desempenhar um papel preponderante. Por outro lado, a produção de biocombustíveis deve ser colocada no âmbito mais amplo da construção de uma civilização moderna de biomassa para a qual os países tropicais têm condições privilegiadas e que constituiria uma contribuição essencial ao desenvolvimento includente e sustentável.

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Impactos Ambientais nos Recursos Hídricos da Exploração de Carvão em Santa Catarina

Este trabalho apresenta um breve histórico sobre a exploração do carvão no sul do estado de Santa Catarina, os principais impactos ambientais nos recursos hídricos decorrentes das atividades de mineração e algumas regulamentações ambientais estabelecidas para a reabilitação dessas áreas. O Distrito Carbonífero abrange uma área de 1.850 km2 em três Bacias Hidrográficas (Araranguá, Tubarão e Urussanga) onde atuam várias empresas distribuídas em minas e lavadores. Os principais impactos ambientais decorrem da disposição de resíduos sólidos (estéreis e rejeitos) produzidos durante as etapas de lavra e beneficiamento do carvão. Estes resíduos contêm minerais sulfetados que propiciam a formação de drenagens ácidas, reduzindo o pH, dissolvendo metais e tornando as águas inadequadas para uso doméstico e agropecuário. Leia na íntegra 

Energia e meio ambiente no Brasil

A produção e o consumo de energia são ambientalmente impactantes, mas os padrões atuais de consumo podem ser melhorados, estimulando o uso mais eficiente de energia e transição de fontes de energia fósseis para fontes renováveis. Graças à hidreletricidade, ao etanol e aos ainda baixos índices relativos de consumo energético, o Brasil tem uma posição confortável em comparação com o resto do mundo. Auto-suficiente em petróleo, o país discute hoje como garantir o suprimento de gás e eletricidade nos médio e longo prazos, com diferentes posicionamentos sobre os rumos a seguir. O presente artigo faz recomendações, com enfoque especial no setor elétrico nacional. Leia na íntegra 

Defeitos congênitos em uma região de mineração de carvão

OBJETIVO:
Avaliar a relação entre o impacto ambiental decorrente da extração de carvão e sua repercussão na saúde reprodutiva de uma população, residente em pequenas cidades do Sul do Brasil, pela observação da freqüência de defeitos congênitos nos recém-nascidos.

MÉTODOS:
Foram monitoradas as freqüências de oito defeitos congênitos em 10.391 nascidos vivos, ocorridos no período de janeiro de 1985 a dezembro de 1995 em um hospital localizado no município de São Jerônimo, RS. Destes, foram selecionados oito maiores defeitos congênitos, e a análise de suas prevalências ao nascimento visou reduzir os possíveis erros-diagnósticos. As taxas de defeitos congênitos foram comparadas às de outros hospitais geograficamente próximos e às fornecidas pelo Estudo Colaborativo Latino-Americano de Malformações Congênitas (ECLAMC) para a América Latina.

RESULTADOS/CONCLUSÕES:
As freqüências observadas não diferiram das encontradas em hospitais regionais e no ECLAMC. O pequeno número de crianças avaliadas mostra apenas algumas tendências, concluindo serem necessários outros estudos mais profundos.

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PDE - Plano Decenal de Expansão de Energia 2029.

​Discute os objetivos e a importância do PDE como documento de facilitação de acesso à informação relevante para a tomada de decisões no setor de energia. Apresenta também as bases sob as quais foi elaborado o documento, os desafios em relação à construção de uma visão de futuro, além de fornecer um panorama breve dos capítulos. Por fim, destaca as novidades nesta edição, dentre as quais:  apresentação da evolução da capacidade instalada total, incluindo autoprodução e geração distribuída; discussão sobre requisitos de flexibilidade operativa, dados mais detalhados acerca dos investimentos em transmissão, enfoque especial à geração descentralizada, e análises de sensibilidade para a micro e minigeração distribuída, entre outros.

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Território e identidade na Região Carbonífera do Baixo Jacuí/RS: o acervo documental da mineração do Arquivo Histórico do Museu Estadual do Carvão

Os municípios da região carbonífera do Baixo Jacuí/RS tiveram sua economia e sociedade forjadas a partir da extração do carvão mineral. A documentação das antigas empresas mineradoras contém informações importantes sobre o território e a construção identitária daquelas comunidades. Este acervo é reconhecido pela função social de testemunho e de referência, caracterizando-o como patrimônio documental. O objetivo central da investigação é apresentar apontamentos e reflexões sobre território e identidade a partir do cotejamento entre o processo histórico da região (documentos) e autores que trabalham com os respectivos temas

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Estudo comparativo de queima de carvão e biomassa em forno DTF.

O carvão responde pela maior parte da produção da eletricidade em vários países, e é o combustível mais queimado em caldeiras de usinas termelétricas no mundo, sendo assim uma das principais fontes de gases de efeito estufa. A biomassa de madeira é um combustível renovável, e o dióxido de carbono tem um ciclo curto nos processos de oxidação das biomassas. Este estudo teve como principais objetivos comparar a combustão de dois carvões minerais (um brasileiro e outro colombiano) e um carvão vegetal em um forno tubular de queda livre, comumente chamado de forno DTF (Drop Tube Furnace). Um DTF consiste em um reator cilíndrico vertical, com aquecimento homogêneo, onde a combustão de partículas de um combustível sólido ocorre em condições semelhantes às que ocorrem em caldeiras de leito pulverizado.

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Mineração e conflito ambiental: disputas em torno da implantação do megaprojeto da Vale na bacia carbonífera de Moatize, Moçambique

A pesquisa analisa o conflito ambiental entre as populações locais de Moatize e a empresa mineradora Vale, que sob a égide de acordos de exploração de carvão mineral com o governo de Moçambique, iniciou a exploração mineira deslocando compulsoriamente as populações locais de seus territórios. Com o aporte da teoria da Sociologia dos Regimes de Ação desenvolvida pela Sociologia Pragmática da Crítica de Luc Boltanski e colaboradores, a pesquisa procura analisar a ocorrência de operações críticas e suas justificações (discursos e ações). O objetivo geral é analisar as dinâmicas do conflito em torno da instalação do megaprojeto da empresa Vale e as gramáticas enunciadas pelos atores envolvidos no conflito para criticarem e justificarem-se das críticas.

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Avaliação citotóxica e gentóxica in vitro, e fisiologia respiratória in vivo, dos efeitos de partículas de carvão e cinzas provenientes de Santa Catarina

Durante as atividades de mineração de carvão, grandes quantidades de cinzas, metais, óxidos e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAP) são liberados ao ambiente. As partículas de carvão e cinzas são quimicamente complexas e têm a capacidade de interagir com mecanismos celulares e não celulares que desencadeiam a ativação de macrófagos, células epiteliais e fibroblastos, a liberação de espécies reativas de oxigênio (ERO) e expressão de citocinas. O objetivo do presente estudo foi avaliar a citotoxicidade e genotoxicidade in vitro, e fisiologia respiratoria in vivo, da exposição a partículas de carvão e cinzas provenientes de Santa Catarina-Brasil. Foram avaliadas quatro amostras, duas de carvão mineral (COAL11 e COAL16) e duas de cinzas produto da combustão de cada carvão (CFA11 e CFA16).

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Desterritorialização e reterritorialização das comunidades atingidas pela exploração do carvão mineral em Moatize, Moçambique

O presente estudo procura entender as transformações socioespaciais resultantes da introdução da atividade mineira no distrito de Moatize, em Moçambique. Para a compreensão dessas dinâmicas, a recorrência às transformações político-econômicas atravessadas pelo país permitiu compreender como o capital internacional se apossou dos territórios das comunidades locais. A partir da alteração constitucional e de revisões legislativas, o país abriu as portas ao capital internacional, tendo aprovado vários projetos de exploração de recursos minerais e energéticos com implicações ao nível do território das comunidades locais.

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Exploração do Carvão Mineral de Benga em Moçambique e a Expropriação da Terra dos Nativos: alguns apontamentos referentes à acumulação por espoliação

A desterritorialização provocada por processos de acumulação por espoliação (re)surgiu em Moçambique a partir das alterações legislativas realizadas na década de 90. Depois de quase 10 anos de implementação de políticas de orientação socialista, em meados da década de 80, o país adere às instituições de Brettons Woods e com ela aparecem as primeiras alterações legislativas com vista a tornar o país aberto às incursões do capital internacional. Foi com a alteração da Lei de Terras de 1997 e da Lei de Minas de 2002 que as bases para os processos de expropriação das terras das famílias rurais foram formalmente legalizadas. A partir do estudo do projeto de exploração do carvão mineral de Benga, em Moatize-Moçambique, o artigo procura discutir como a desterritorialização e a consequente reterritorialização, mascaradas no processo de reassentamento, se tornaram responsáveis por deteriorar as condições de vida das famílias atingidas pela exploração do carvão mineral.

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Análise ambiental da sub-bacia hidrográfica do Rio dos Porcos – SC

A sub-bacia hidrográfica do Rio dos Porcos localiza-se no sul do Estado de Santa Catarina e possui 192,90 km2 (19.290 ha) de área, englobando frações de quatro municípios (Araranguá, Criciúma, Içara e Maracajá) e integrando a bacia hidrográfica do Rio Araranguá. A sub-bacia, a partir das suas características físicas, pode ser dividida em dois grandes blocos de paisagem: a margem direita do Rio dos Porcos, a oeste da área, e onde afloram as rochas mais antigas; e a margem esquerda, a leste da área, representada por depósitos quaternários. Essas características do meio físico foram fundamentais para a configuração da paisagem cultural, a qual apresentou significativas mudanças no período de 1957 a 2002. Para analisar as principais transformações da paisagem neste período, fez-se uso da cartografia digital e do geoprocessamento, com elaboração de mapas de uso da terra, na escala 1:50.000, nos quais destacaram-se as feições de mata, silvicultura, rizicultura, bananicultura, cultivos diversos, pastagem, área urbanizada e depósito de carvão mineral

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Impasses da gestão de recursos comuns e da democracia no Brasil: o caso do carvão mineral no sul de Santa Catarina

Esta tese focaliza os dilemas que continuam bloqueando, quatro décadas após a Conferência de Estocolmo, o funcionamento do sistema de gestão de recursos naturais não renováveis no Brasil. Mais especificamente, o texto contém uma análise dos bastidores do processo de licenciamento ambiental voltado para a implantação de uma nova usina termelétrica na região sul do estado de Santa Catarina. O enfoque analítico utilizado foi construído mediante uma hibridização de duas linhas de pesquisa sistêmica sobre o binômio meio ambiente & desenvolvimento ainda pouco conhecidas em nosso País, a saber: gestão de recursos comuns (“commons”) para o ecodesenvolvimento e justiça ambiental e ecológica. Além da introdução e de uma síntese da revisão de literatura sobre a atualidade dos princípios de ecodesenvolvimento no debate sobre modos de apropriação e sistemas de gestão de “commons”, o texto oferece inicialmente um resgate historiográfico das modalidades e das implicações socioecológicas do aproveitamento de jazidas de carvão mineral no Brasil e em Santa Catarina.

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Carvão fóssil

A HISTÓRIA DO CARVÃO fóssil no Brasil tem início em 1795 (primeira descoberta), mas somente a partir da Segunda Guerra Mundial passa a adquirir status de indústria moderna. De 1970 em diante têm lugar trabalhos de pesquisa geológica sob bases técnicas adequadas que mudaram o panorama do conhecimento de nossos depósitos. Há oito grandes jazidas e diversas menores no Brasil, sendo que 88% dos recursos estão no Rio Grande do Sul. Os parâmetros geométricos e físico-químicos são conceituados e apresentados para os principais depósitos. As reservas mundiais de carvão são cerca de quatro vezes superiores às de seus principais concorrentes: petróleo e gás natural, além de terem distribuição geográfica mais desconcentrada. O maior consumo de carvão nacional está na termoeletricidade; outros consumidores são a indústria cimenteira, petroquímica, papel e celulose, alimentos e cerâmica. A siderurgia, que já foi grande consumidora, hoje depende inteiramente de importações. O balanço de exportações/importações mostra um déficit de US$ 807 milhões, sendo o segundo produto na pauta de importações. Mais do que a insuficiência de recursos, constata-se serem as dificuldades na indústria carbonífera devidas a erros de planejamento, de caráter técnico e político, tornando-se necessário, portanto, resolver os problemas pendentes do passado antes de projetar novos empreendimentos

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A Pirtita Humana: os mineiros de Criciúma.

Trata-se de um estudo sobre a classe trabalhadora m i ­ neira situada na região carbonífera do Sul-catarinense, mais pre cisamente na cidade de Criciúma. A descrição e análise das condições de vida e das relações sociais envolvendo a classe trabalhadora mineira comportam tanto o estudo da região carbonífera, quanto o do processo de produção. Tal estudo compreende fundamentalmente: 1. Radiografia’ da região carbonífera. 2. Descrição do processo de trabalho. 3 . ’ Descrição das modalidades de reprodução da força de trabalho. 4. História da organização sindical mineira.

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CARVÃO: o combustível de ontem

Este livro visa preencher uma lacuna na informação de quem precisa saber sobre as implicações de uma possível e equivocada expansão do uso do carvão mineral na matriz energética brasileira. Queremos mostrar o lado pouco conhecido do carvão aos formadores de opinião e tomadores de decisão, revelar a cadeia de impactos negativos de seu uso como fonte de energia e apresentar argumentos e alternativas que possam contribuir para uma política energética sustentável.

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Energia e meio ambiente no Brasil

A produção e o consumo de energia são ambientalmente impactantes, mas os padrões atuais de consumo podem ser melhorados, estimulando o uso mais eficiente de energia e transição de fontes de energia fósseis para fontes renováveis. Graças à hidreletricidade, ao etanol e aos ainda baixos índices relativos de consumo energético, o Brasil tem uma posição confortável em comparação com o resto do mundo. Auto-suficiente em petróleo, o país discute hoje como garantir o suprimento de gás e eletricidade nos médio e longo prazos, com diferentes posicionamentos sobre os rumos a seguir. O presente artigo faz recomendações, com enfoque especial no setor elétrico nacional.

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Defeitos congênitos em uma região de mineração de carvão

OBJETIVO:
Avaliar a relação entre o impacto ambiental decorrente da extração de carvão e sua repercussão na saúde reprodutiva de uma população, residente em pequenas cidades do Sul do Brasil, pela observação da freqüência de defeitos congênitos nos recém-nascidos.

MÉTODOS:
Foram monitoradas as freqüências de oito defeitos congênitos em 10.391 nascidos vivos, ocorridos no período de janeiro de 1985 a dezembro de 1995 em um hospital localizado no município de São Jerônimo, RS. Destes, foram selecionados oito maiores defeitos congênitos, e a análise de suas prevalências ao nascimento visou reduzir os possíveis erros-diagnósticos. As taxas de defeitos congênitos foram comparadas às de outros hospitais geograficamente próximos e às fornecidas pelo Estudo Colaborativo Latino-Americano de Malformações Congênitas (ECLAMC) para a América Latina.

RESULTADOS/CONCLUSÕES:
As freqüências observadas não diferiram das encontradas em hospitais regionais e no ECLAMC. O pequeno número de crianças avaliadas mostra apenas algumas tendências, concluindo serem necessários outros estudos mais profundos.

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Território e identidade na Região Carbonífera do Baixo Jacuí/RS: o acervo documental da mineração do Arquivo Histórico do Museu Estadual do Carvão

Os municípios da região carbonífera do Baixo Jacuí/RS tiveram sua economia e sociedade forjadas a partir da extração do carvão mineral. A documentação das antigas empresas mineradoras contém informações importantes sobre o território e a construção identitária daquelas comunidades. Este acervo é reconhecido pela função social de testemunho e de referência, caracterizando-o como patrimônio documental. O objetivo central da investigação é apresentar apontamentos e reflexões sobre território e identidade a partir do cotejamento entre o processo histórico da região (documentos) e autores que trabalham com os respectivos temas.

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Exploração do Carvão Mineral de Benga em Moçambique e a Expropriação da Terra dos Nativos: alguns apontamentos referentes à acumulação por espoliação

A desterritorialização provocada por processos de acumulação por espoliação (re)surgiu em Moçambique a partir das alterações legislativas realizadas na década de 90. Depois de quase 10 anos de implementação de políticas de orientação socialista, em meados da década de 80, o país adere às instituições de Brettons Woods e com ela aparecem as primeiras alterações legislativas com vista a tornar o país aberto às incursões do capital internacional. Foi com a alteração da Lei de Terras de 1997 e da Lei de Minas de 2002 que as bases para os processos de expropriação das terras das famílias rurais foram formalmente legalizadas. A partir do estudo do projeto de exploração do carvão mineral de Benga, em Moatize-Moçambique, o artigo procura discutir como a desterritorialização e a consequente reterritorialização, mascaradas no processo de reassentamento, se tornaram responsáveis por deteriorar as condições de vida das famílias atingidas pela exploração do carvão mineral.

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Interação ser humano/natureza em Araranguá, SC, através do processo de degradação ambiental do Rio Araranguá - 1900-1950

Palco de acontecimentos misteriosos, onde atividades cotidianas assumem uma dimensão inexplicável, beirando o irreal. O Rio Araranguá, em Santa Catarina, enquanto atribuidor de diferentes sentidos e significados, ao efluir para a formação de práticas e costumes, acaba por mediar um particular modo de interação entre ser humano e natureza. Nesse sentido, objetiva-se analisar as especificidades ambientais, sociais e culturais estabelecidas entre as populações ribeirinhas e o Rio Araranguá através de sua dimensão fantástica, em que, concomitantemente aos relatos de estranhas aparições envolvendo caracaxás, bruxas, pessoas que desapareciam ao pedir travessia pelo rio, caminhões de fogo que perseguiam os pescadores e moradores em geral, dentre muitos outros casos, a fartura e abundância de peixes se entrelaça a essa visão mística de mundo.

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Avaliação dos impactos ambientais da indústria carbonífera nos recursos hídricos da região sul catarinense

Os significados e representações atribuídos aos cursos d'agua da bacia do Rio Criciúma (SC) desde 1880 até 2009 e suas influências na configuração da paisagem

O trabalho tem por objetivo compreender como foram construídos os significados atribuídos aos cursos d’água nas diferentes fases do processo de ocupação das terras da bacia do rio Criciúma (SC), desde o processo de colonização em 1880 até os dias atuais. O significado dos objetos norteia a relação dos indivíduos entre si e com seu meio. No caso estudado, a relação de diferentes grupos sociais que ocuparam a bacia do rio Criciúma ao longo do tempo depende do significado atribuído a este recurso, o que reflete nas formas de apropriação dos rios. O significado é uma construção mental acerca de um objeto e essa construção depende de valores, percepções, experiências e são abstratos. Quando há tentativa de comunicá-lo, perde-se alguma parte do seu conteúdo. A sua expressão dá-se por meio de diferentes linguagens, que na realidade representam este significado. As formas de apropriação do rio são também representações de significados atribuídos pelos grupos sociais apropriadores a este elemento da paisagem

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Avaliação da percepção de saúde de moradores de Capivari de Baixo frente à exposição ao carvão: possível contaminação por manganês

A Bacia Carbonífera de Santa Catarina sofreu impacto ambiental devido à extração e manuseio de carvão, sendo reconhecida pelo governo federal como área crítica nacional para controle da poluição. Este estudo foi realizado em Capivari de Baixo, município exposto ao carvão por abrigar a termoelétrica Jorge Lacerda, responsável pelo consumo de 90% de todo o carvão produzido no Estado. A queima deste combustível libera material particulado (MP) e inúmeras substâncias que podem comprometer o meio ambiente e causar efeitos tóxicos à saúde humana.

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Exploração de carvão mineral no sul de Santa Catarina: uma análise jurisprudencial à luz da responsabilidade civil e dos princípios estruturantes dela no direito ambiental

A mineração de carvão no Sul de Santa Catarina se apresenta como uma atividade que gera um prejuízo ambiental e social gritante, que se agrava dia a dia, e se prolonga por quase trinta anos, impunemente. Estudiosos de diversas áreas se quedam inconformados com tamanho descaso das autoridades ambientais locais, regionais e federais e com a conformação da população local. Muito embora constatado o dano à saúde pública, a privação da paisagem, dos elementos corpóreos do meio ambiente, das possibilidades de interação dos ecossistemas e da qualidade de vida, nada se fez para conter tamanha degradação.

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A responsabilidade civil das empresas mineradoras de carvão mineral de Criciúma/SC e região, em face da doença profissional pneumoconiose

A modernização da produção pode agravar o risco à saúde e à vida do trabalhador. Foi o que ocorreu no ramo da atividade minerária, mais especificamente na evolução da atividade extrativa do carvão mineral, na região sul do Estado de Santa Catarina, objeto do presente estudo. Inicialmente, os métodos aplicados na extração desse mineral era rudimentar, utilizando-se basicamente da força física do homem. Com a introdução de modernas máquinas, na busca de aumento de produção, para atender às exigências do mercado consumidor, a atenção do empregador voltou-se a esse objetivo, relegando ao trabalhador a preservação de sua integridade física

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Sócios Fundadores

Instituições, coalizões, universidades, pesquisadores, ONG's e sociedade civil se organizando em defesa da vida.
''Está dando um problema muito sério com as residências, as casas estão rachando algumas estão realmente se desmanchando. Isso é o temos cobrado da empresa, essa responsabilidade''
Bernardo Cairuga Pereira Vereador Arroio dos Ratos, RS
''A minha casa pra mim tem valor, mas o dinheiro que eles vão me dar não posso comprar lugar nenhum, vou morar debaixo da ponte? Não tem como...''
Santa Lurdes Moradora de Charqueadas RS
''Eu olho a natureza e começo a me perguntar assim, o que vai ser da natureza, das árvores, vão destruir tudo...''
Darcy Santana Morador de Charqueadas RS
''Não traria benefício pra mim, para comunidade e para a população do município também não. Uma depredação do meio ambiente''
Cacique Cláudio Acosta ''Werai'' Aldeia Guarani Guajayvi - Charqueadas RS