Espanha fecha quase metade das centrais a carvão

Queimar carvão é a forma mais poluente de produzir energia. Daí que o objectivo de todos os países civilizados seja banir este combustível. Espanha deu o pontapé de saída e fechou sete centrais.

Não há pior solução, do ponto de vista ambiental, do que produzir electricidade através da queima de carvão. Na Europa, a Comissão Europeia obriga a abandonar em breve esta tecnologia, tendo Espanha saltado para a liderança deste processo com o encerramento de sete centrais termoeléctricas a 30 de Junho.

O carvão possui duas características que são tão antagónicas quanto possível. A primeira é que é o combustível mais barato para gerar electricidade e a segunda é que é a forma mais poluente de realizar a operação. Isto levou a que a Espanha, que possuía até há uma semana 15 centrais termoeléctricas a carvão, tenha começado por encerrar todas as suas minas de carvão há cerca de dois anos e meio, para agora ter anunciado o encerramento de sete centrais produtoras de electricidade graças à combustão deste mineral. Ou seja, quase metade das que possui.

As sete termoeléctricas a carvão produziam 4630 MW de energia, anulando cerca de 1100 postos de trabalho. Entretanto, o Estado incentiva as empresas produtoras de electricidade, através do projecto de transição ecológica, para instalarem nas mesmas regiões (agora mais deficitárias em energia) centrais renováveis, que não só garantam a electricidade necessária, como reintegrem parte da força de trabalho dispensada.

O Governo espanhol assegura que a decisão não foi movida pela orientação política, mas sim impulsionada pelo mercado e pelas políticas da União Europeia (UE), que apostou no encerramento das centrais mais poluentes em prol de energia “verde”.

Em 2018, 15% da energia eléctrica espanhola tinha origem na queima de carvão, valor que desceu em Maio de 2020 para apenas 4%. Segundo a representante da Greenpeace, Tatiana Nuño, o objetivo é que o carvão desapareça por completo em 2025. Dificilmente isto aconteceria caso a UE não tivesse atribuído um custo de 25€ a tonelada às emissões, tornando o carvão substancialmente menos interessante sob o ponto de vista econômico.

Fonte: Observador

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