Diante de uma pandemia mundial e de centenas de mortes confirmadas todos os dias, em uma pequena cidade do Rio Grande do Sul, a empresa mineradora Copelmi parece ignorar a realidade mundial. Em Arroio dos Ratos, distante 53 quilômetros da capital Porto Alegre, trabalhadores têm sido obrigados a trabalhar. Pior, sem nenhum equipamento de segurança.
A situação se agrava porque o coronavírus age de forma mais violenta com pessoas que têm problemas respiratórios. Ao não usarem máscaras enquanto trabalham nas minas, os trabalhadores comprometem sua capacidade pulmorar. Consequência: ficam ainda mais expostos ao vírus que o mundo todo está tentando desesperadamente combater.
CARVÃO AQUI NÃO
Diga não ao carvão! Assine nossa petição:
https://campanhas.arayara.org/carvaoaquinao
Questionada sobre a situação, a Prefeitura Municipal de Arroio dos Ratos disse não ter responsabilidade. E vão além: dizem que é responsabilidade do Governo do Estado e que é o Governo do Estado que gerencia a empresa, além fiscalizá-la. Ainda de acordo com a prefeitura, o carvão é usado para a geração de energia, por isso a mina estaria em funcionamento.
O carvão é usado para gerar energia nas termelétricas quando há crise na produção de energia. Ou seja, quando temos bandeira vermelha. Mas em março de 2020, a bandeira será verde, segundo a aneel. Assim como foi em fevereiro de 2020.
A mina de carvão de Arroio dos Ratos fornece carvão para a CMPC, fabricante de celulose e papel.
E quanto aos vizinhos da mina? Em tempos em que todo cuidado é necessário e os governos determinam quarentena, como ficar em casa respirando a poeira contaminada de uma mina de carvão que não para?
Quem é o responsável pelas vidas em risco?