A poluição do ar provocada pela queima de combustíveis fósseis – como o petróleo, o gás e o carvão – é responsável por mais de quatro milhões de mortes prematuras no mundo. O número é três vezes superior ao de mortes causadas por acidentes de viação e está em linha com os que vêm sendo apontados pela Organização Mundial da Saúde.
De acordo com o relatório apresentado (que pode ser lido AQUI), da autoria do Greenpeace Southeast Asia (GSA) e do Centre for Research on Energy and Clean Air, um centro de pesquisa sobre poluição e respetivos impactos, as crianças são as principais afetadas pela qualidade do ar — representam quase 400 mil deste universo de quatro milhões. Os mais novos são ainda destacados no estudo a propósito da asma, que atinge quase 16 milhões de crianças.
Um dos responsáveis do GSA resume o problema. “Todos os anos a poluição do ar vinda de combustíveis fósseis leva milhões de vidas, aumenta o nosso risco de enfarte, cancro do pulmão e asma, além de nos custar biliões de dólares”, afirmou Minwoo Son. Assim é. Segundo o mesmo estudo, os custos para a economia global ascendem a oito mil milhões de dólares por dia, mais de sete mil milhões de euros. Os países onde o prejuízo é maior são China, Estados Unidos da América e Índia.
Os investigadores garantem que todos “sabemos como resolver” o problema: “fazer a transição para fontes de energias renováveis, eliminar progressivamente os carros a diesel e a gasolina, e criar transporte público”, aponta Minwoo Son. “Precisamos de ter em conta o custo real dos combustíveis fósseis, não apenas para o nosso planeta em rápido aquecimento, mas também para a nossa saúde.
Fonte: Expresso
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